É chegada a hora!

Após passarmos dois dias na casa dos meus pais, chegou a hora de partirmos. Foi gostoso ter descansado por lá, ido ao cinema com a minha mãe e os meninos assistir ao Sonic 3 e conversado um pouco com o meu pai.

Também aproveito para mostrar aos meus filhos um pouco das minhas origens; a rua onde costumava jogar bola, as casas dos meus amigos, o mercadinho no qual fazia compras para a minha mãe.

Ao nos despedirmos, o coração aperta. Minha mãe me abraça e, chorando, diz que farei falta. Mas fala que está feliz por podermos seguir o nosso sonho. O meu pai também me abraça com lágrimas nos olhos e transmite tranquilidade e confiança para a jornada. Noto que ele se segura para não chorar.

Com as malas no carro, seguimos em direção ao aeroporto de Guarulhos. Surpreendentemente, o trânsito está calmo e chegamos rápido ao estacionamento do terminal 3, onde deixamos o carro alugado. De lá até o portão de embarque levamos menos de 15 minutos. Um tempo recorde considerando que estamos no início da alta temporada!

Ao aguardar o embarque, almoçamos com calma e conversamos um pouco sobre a viagem que se inicia. Conseguimos até jogar algumas partidas de Uno com os meninos (claro que a Lu ganhou!).

Apesar de cheio, o voo para Santiago, onde fizemos a nossa escala para o Atacama, foi tranquilo. Tirando as brincadeiras e provocações típicas entre o Luca e o Nico, tudo correu bem.

A moça ao meu lado puxou conversa e me disse que era de Londrina e estava a caminho de Lima. Estava feliz por fazer o seu voo internacional pela primeira vez.

Esse rápido bate-papo me fez viajar no tempo literalmente.

Recordei da primeira vez que, aos 8 anos, entrei em um avião com os meus pais e a minha irmã. A minha mãe estava grávida do meu irmão caçula. O destino foi Aracaju, onde meu pai teria um compromisso profissional. Ele aproveitou a “deixa” para levar a família a tiracolo, tornando a viagem inesquecível para todos.

Seis anos mais tarde, estávamos indo para Disney em nosso primeiro voo internacional. Que alegria! Passamos duas semanas por lá e curtimos cada momento! Até hoje temos histórias sobre o que vivemos naquele período, incluindo o meu “trabalho” como intérprete da família e a comemoração do meu aniversário de 15 anos!

Esse filme que passa na minha cabeça me faz pensar sobre o principal objetivo quando se viaja: colecionar memórias.

Afinal, são elas que carregaremos conosco para o resto da vida. Sinceramente, entendo que viajar é o maior investimento que podemos fazer. Sempre ouvi os meus pais falarem isso e hoje, mais do que nunca, vejo como eles tinham razão.

Levaremos para sempre o que vivenciamos em uma viagem: as pessoas que conhecemos, os sabores que experimentamos, os locais que visitamos. E o melhor de tudo, essas memórias rendem dividendos infinitos, pois, quando nos recordamos delas, conseguimos reviver aquele momento com quase a mesma intensidade.

Estou certo que essa nossa aventura que se inicia hoje trará dezenas de memórias que carregaremos para os restos de nossas vidas, compondo uma linda colcha de retalhos de recordações em família.

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